sábado, 11 de fevereiro de 2012

Confira quais doenças orgânicas podem prejudicar o seu apetite sexual

O estresse cotidiano e a necessidade de dividir o tempo entre família, relacionamento e trabalho, somados a sentimentos diversos como a insegurança e a baixa auto-estima, são alguns dos ingredientes bombásticos que, quando integrados, podem trazer como conseqüência a perda do desejo sexual. Mas não são eles os únicos vilões.

Ao contrário do que muitos pensam, não é só a parte psicológica que pode limar a libido: a orgânica também tem um importante papel. “Problemas físicos são mais comuns em mulheres mais velhas, e os de origem psicológica acometem com maior freqüência as mais jovens. Isso porque, com a idade, a ocorrência de doenças e a utilização de medicamentos que podem comprometer de alguma forma o desejo sexual são maiores”, explica Amaury Mendes Júnior, médico ginecologista com pós-graduação em terapia sexual. 

Já bastante conhecidas, a diabetes e a hipertensão são duas vilãs contra o desejo sexual, agindo negativamente na circulação do sangue e comprometendo a sensibilidade da região pélvica. Para ficar excitada, a mulher necessita de uma certa quantidade de sangue na pélvis - e essas doenças envolvem exatamente a irrigação desta área, atrapalhando a excitação e, com isso, dificultando o orgasmo. O simples fato de não atingir o ápice no ato sexual desestimula a prática e faz com que a vontade desapareça. 

Outra doença que compromete a libido é o hipotiroidismo, que altera os níveis de hormônio, deixando o metabolismo mais lento. “A mulher se sente mais sonolenta, engorda, tende à depressão, e tudo isso afeta o apetite sexual”, afirma Rose Villela, psicóloga e sexóloga. 

Em se tratando de mulheres mais jovens com perda de libido em decorrência de problemas físicos, estes estão comumente relacionados a doenças que mexem com a reprodução, como cisto no ovário, herpes e DSTs que causam dores, atrapalhando e impedindo o ato sexual. 

Nem as novas enfermidades escapam! A síndrome metabólica - doença moderna que pode ser caracterizada pela “barriguinha de chope”, alta taxa de colesterol e sedentarismo - é outra agente contra o desejo sexual. A gordura localizada na barriga impede a circulação adequada do sangue, prejudicando o orgasmo. 

Identificar e combater!

Se a ausência de desejo é bastante perceptível, o mesmo não ocorre com sua causa. Muitas vezes, conectar a falta de apetite sexual a falhas no organismo não é tão simples, e o estar no escuro quanto à sexualidade pode afetar a parte emocional. “A mulher não sabe que é algo orgânico e acaba tendo uma sensação de impotência, começa a se questionar, e isso afeta a auto-estima”, conta a psicóloga. A observação e a reflexão sobre sua vida, sexual ou não, são ações que ajudam a identificar a origem do problema. Verificar se a mudança no apetite sexual foi repentina, se houve dificuldades de relação com outros parceiros, se sente dor durante o ato ou toma remédios são questões que podem ajudar a dar algumas pistas. 

Tratar a doença diagnosticada já é o caminho para conquistar novamente o apetite quanto ao sexo, no entanto, dominar a doença não é a única ação que garante completamente seu retorno. Mudar os hábitos, ter uma dieta balanceada e praticar exercícios ajudam a deixar os problemas afastados e também são a melhor prevenção para quem ainda não sofreu deles. 

Para uma vida sexual saudável e feliz, é essencial ter a consciência de que o orgânico e o emocional estão normalmente associados quanto se trata de perda de libido. A doença que afeta o organismo atrapalha na qualidade de vida, onde se encaixa o sexo, e, conseqüentemente, prejudica o lado emocional - não só da mulher, como do casal. Por isso, o ideal, nesses casos, é que haja um acompanhamento médico e psicológico. 

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